quinta-feira, 1 de julho de 2021

CLDF debate valorização da Carreira Assistência à Educação em audiência pública

Valorizar os integrantes da Carreira Assistência à Educação foi o objetivo de audiência pública remota da Câmara Legislativa que debateu, nesta quarta-feira (30), a situação de profissionais que atuam em escolas públicas de todo o Distrito Federal. Por iniciativa do deputado João Cardoso (Avante), o evento foi acompanhado por cerca de 4 mil de servidores pela TV Web da CLDF, no portal da Casa e no YouTube, além do e-Democracia, como destacou o parlamentar.

Cardoso afirmou que esses servidores, ao longo dos anos, passaram a ocupar cargos que anteriormente eram preenchidos prioritariamente pelos professores e muitos estão à frente da gestão de estabelecimentos de ensino. Essa demanda exigiu da categoria investimentos na formação profissional que, segundo depoimentos dos participantes, não se traduzem em contrapartidas do GDF, como remuneração e benefícios adequados, além de outras.

Para atender as reivindicações, João Cardoso apresentou dois projetos de lei que tramitam na CLDF. O PL nº 1.912/2021 e o PL nº 1.913/2021. O primeiro altera a Lei nº 5.106/2013, que dispõe sobre a carreira Assistência à Educação do Distrito Federal, para exigir conclusão de curso de ensino médio para ingresso no cargo de Agente de Gestão Educacional.

A outra proposição também promove mudanças na lei tornando obrigatório o diploma de curso superior ou habilitação legal equivalente para a entrada no cargo de Analista Técnico de Gestão Educacional, como será denominado, caso a proposta seja aprovada, o atual cargo de Técnico de Gestão Educacional.

“Com o decorrer dos anos, passou-se a exigir dos servidores atribuições cada vez mais especializadas e que demandam uma formação não mais condizente com aquela exigida para o ingresso nos quadros de pessoal da Secretaria de Educação”, justificou o distrital, que ouviu dos presentes à audiência pública relatos das inúmeras graduações, especializações e pós-graduações às quais se submeteram.

Entre os que apontaram essa necessidade estavam Letícia do Nascimento Silva, diretora do Centro de Ensino Infantil 4 de Sobradinho, e Cleber Casimiro Silveira, que presta apoio administrativo à Escola Classe 12 da mesma localidade. Ambos ratificaram que as atividades desempenhadas exigem formação de nível superior.

Participantes também reclamaram das constantes mudanças de funções dentro das escolas e ainda da falta de priorização da categoria na fila de vacinação contra a Covid-19, já que muitos permaneceram atuando presencialmente durante a pandemia para atender demandas da comunidade escolar.

Houve ainda pronunciamentos sobre as transformações na carreira, como a extinção de cargos, causadas pelas alterações na legislação, como enunciado pelo secretário de Formação Sindical e Qualificação Profissional do SAE-DF, Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas do Distrito Federal.

Representando a Secretaria de Educação, Idalmo Santos, subsecretário de Gestão de Pessoas, defendeu que mudanças no Plano de Carreira da Assistência à Educação “possam ser discutidas amplamente”. Também demonstrou preocupações com a paridade de condições entre categorias do serviço público que desempenham funções semelhantes.

Fonte: Agência CLDF

 

Deputado João Cardoso cobra pagamento dos professores temporários

Foto: Agência CLDF


O deputado João Cardoso (Avante) cobrou na última terça (22/6), durante sessão parlamentar da Câmara Legislativa, o pagamento correspondente aos sábados letivos dos professores de contrato temporário do Distrito Federal. 

Na ocasião, o distrital cobrou informações da Secretaria de Educação e pediu celeridade no pagamento dos professores. Segundo denúncias recebidas pelo parlamentar, o problema é recorrente e vem se arrastando desde março, depois que foi feito um acordo entre o governo e a categoria para trocar o trabalho do mês de janeiro por 11 sábados letivos em período integral, totalizando 200 dias letivos.

"Esses guerreiros estão aí completando as lacunas que existem por falta de concurso público da nossa Secretaria de Educação, sempre cumprindo com a missão deles. Mas os dias letivos dos sábados estão atrasados", denunciou João Cardoso, que também é professor da Secretaria de Educação.

Desvalorização

A presidente da Associação dos Professores Temporários (Aprotemp), Sábatha Borges, afirma que aproximadamente são 10 mil professores que estão sendo prejudicados pela falta de pagamento e que o valor de 16 milhões já teria sido autorizado pela Secretaria de Economia para a correção do contracheque dos temporários.

"São sete sábados letivos ainda a serem pagos. Eles dizem que estão resolvendo, mas até hoje o dinheiro não caiu na conta. Estamos trabalhando sem nenhum documento oficial da SEDF que nos informe nada de concreto. Seriam em média mais de R$ 1.200 na conta de cada professor", conta.

Outra queixa é quanto a desvalorização e a falta de profissionais. De acordo a Aprotemp, todas as vagas deverão estar disponíveis no próximo edital para o concurso de professores efetivos, ainda sem previsão. As datas dos sábados letivos remotos são: 13 e 27 de março, 10 e 24 de abril, 8 e 29 de maio, 19 de junho, 10 de julho, 23 de outubro, 6 de novembro e 18 de dezembro, sendo sete sábados já trabalhados.

"Infelizmente observamos um grande erro nos pagamentos dos professores de contrato temporário. Contamos com o apoio dos professores efetivos porque nossos salários precisam vir sem erros. Estamos cansados de lutar para que a categoria não seja tratada de forma diferenciada", desabafa.

“Estamos trabalhando aos sábados sem remuneração”, reforça a diretora da Aprotemp, Gabriela Inácio.